quinta-feira, 18 de julho de 2013

EDITORIAL - JULHO / 2013



Dos grandes eventos de 2013 já se foi, em junho, a Copa das Confederações, na qual o Brasil está de parabéns pela brilhante campanha, que culminou tendo a nossa seleção campeã do torneio, com todos os méritos. Como virou moda dizer e reivindicar, foi uma seleção padrão FIFA, pela excelência dos jogadores, os melhores do mundo, e pelos resultados alcançados. Julho é o mês dedicado ao mega evento Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, em sua primeira viagem internacional. Sua missão será de semear a fé católica aos jovens que anseiam por luzes para encontrarem o sentido da vida. Temos a obrigação de recebê-lo com as honras e pompas que merece, apesar das posturas de humildade e simplicidade que vem demonstrado ao mundo. O mundo está em crise, principalmente uma crise de valores. Hoje em dia uma pessoa não é apreciada por seu trabalho e sua conduta ética, o que conta é o seu dinheiro. No momento, todos estão atentos aos movimentos populares que estão nas ruas, clamando por melhorias para a educação, com escolas padrão de qualidade FIFA, para a saúde, com hospitais de qualidade FIFA, para os transportes públicos de qualidade e a preços acessíveis, e por ai vai numa serie de reivindicações, por melhorias que estão longe do alcance dos cidadãos comuns que vivem em nosso querido Brasil. Como explicar esta situação após tantos anos de governos, das mais diversas tendências. Para não ir mais longe vamos começar pela revolução de 1964, que irrompeu a pretexto de restabelecer a ordem e o respeito às leis. Na época havia greves e incitação e desrespeito as instituições. Os militares, contando com o apoio de um grupo de políticos e da maioria da população, e com a promessa de arrumar a casa e devolver logo o país a sua normalidade institucional, acabaram transformando a revolução numa ditadura militar, que dominou o Brasil por 20 longos anos. Tempo, mais do que de sobra, para se corrigir erros e sanear as instituições, dotando o país de uma nova constituição, cujas leis fossem isentas de interesses dos políticos, dos partidos e de grupos econômicos, e que atendessem a todos brasileiros. Porem, não se viu nada disto e, após a morte do presidente General Castelo Branco, o gosto pelo poder inebriou os militares e, só em 1985, tivemos restabelecido o sistema democrático de governo. Transição com Tancredo/Sarney, até 1990, que quase nada avançou na direção de universalizar os direitos para os cidadãos. Depois, Color/Itamar, até 1995, que deu no que deu, com tremendo retrocesso e usurpação dos tênues direitos dos cidadãos. Todos se lembram do famoso tiro certeiro para matar o tigre da inflação, que culminou no bloqueio das contas de poupança dos brasileiros e na deposição do lunático. Sobrou para Itamar, com o lançamento do plano econômico que trouxe o real, padrão monetário que até hoje vigora. Depois, Fernando Henrique, 1995/2002, famoso como o presidente Nhem, nhem, nhem, fala empolada e erudita e, como os antecessores, pouco ou quase nada para beneficio da população, mas conseguiu a proeza de dobrar o período do seu mandato, de 4 para 8 anos. Em 2003 veio à era Lula, com melhorias econômicas, para parcela significativa da população menos favorecida e em situação de pobreza. Finalmente, chegamos a 2011 com a presidenta Dilma, e agora, com os movimentos populares nas ruas clamando por melhorias, jamais concedidas por nenhum destes governos e, principalmente, pelo fim da corrupção, mal endêmico que grassa no país desde épocas remotas. Os mais antigos vão se lembrar do Ademar de Barros, cujo slogan era, “rouba, mas faz”, depois herdado por Maluf. Jânio Quadros, presidente em 1961, e a sua famosa vassoura, para varrer a corrupção, fracasso total. Os exemplos estão ai. Os políticos e os militares falharam feio e jamais conseguiram resolver os problemas do país, dentre eles a corrupção, e trazer melhores condições de vida para a população. Todos miraram e governaram visando seus interesses, pessoais, econômicos, políticos e partidários. Jamais a nação e sua população foram consideradas como prioridade. Chegamos aonde chegamos. O abismo é imenso, diria abissal. O que fazer? Simples, apenas uma nova Constituição, na qual a população seja ouvida e que atenda o principio básico e fundamental de que “Todos são iguais perante a Lei e que a Lei seja para todos”. Até a próxima!

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