sábado, 1 de março de 2014

COLUNA SATI SAÚDE - MARÇO/2014



Mal de chagas, uma doença silenciosa.



A doença foi nomeada em homenagem ao cientista brasileiro e infectologista Carlos Chagas, que foi o primeiro a descrevê-la em 1909, atualmente, segundo a OMS, atinge de sete a oito milhões de pessoas no mundo.
A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção que tem como principal causa de transmissão um protozoário, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão. Em florestas densas esses barbeiros são controlados por seus predadores naturais (como sapos e lagartos), porém em áreas recém devastadas e rurais eles se reproduzem rapidamente sem a ameaça dos predadores.
Outras causas da transmissão consiste na transfusão de sangue, transplante de órgãos, via placentária, leite materno, consumo de cana e açaí de forma inadequada ao natural ou não pasteurizado e relação sexual.
Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção. Nos primeiros anos, na fase aguda, de curta duração, os sintomas são geralmente lentos, pouco mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até cinquenta anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como insuficiência cardíaca e desordens do sistema digestivo, sendo a Cardiopatia chagásica crônica (CCC) uma das principais complicações.
Dentre os sintomas possíveis na fase aguda estão: febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios linfáticos, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do fígado e do baço, problemas cardíacos e diarréia, porém, frequentemente esta fase é pouco sintomática, geralmente passando despercebida, motivo pelo qual é tão difícil a prevenção adequada.
O diagnóstico pode ser através: Usando microscópio para buscar o parasita no sangue do paciente, possível apenas na fase aguda (2 semanas da picada); Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados e, 4 semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; ou pela inoculação de sangue do doente em animais de laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda; Detecção do DNA do parasita por PCR (reação em cadeia da polimerase); Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e a cura é difícil. Os testes sorológicos; entre outros mais complexos como o teste molecular.
Ainda não há vacinação preventiva. A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, melhorando as condições de moradia e higiene, pois estes vivem em frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos e sob pedras.
O tratamento é indicado de acordo com a fase e os comprometimentos.
Mantenha seu acompanhamento cardiológico e outros em dia.

Núcleo Terapêutico de Reabilitação Integral
TeL: (21) 3547-6908 / 99695-9741               www.carmelitasoares.com

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