Mal de chagas, uma doença silenciosa.
A doença foi
nomeada em homenagem ao cientista brasileiro e infectologista
Carlos Chagas, que foi o
primeiro a descrevê-la em 1909, atualmente, segundo a OMS, atinge de
sete a oito milhões de pessoas no mundo.
A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção
que tem como principal causa de transmissão um protozoário, conhecidos
no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo,
chupão. Em florestas densas esses barbeiros são controlados por seus predadores
naturais (como sapos e lagartos), porém em áreas recém devastadas e rurais eles
se reproduzem rapidamente sem a ameaça dos predadores.
Outras
causas da transmissão consiste na transfusão de sangue, transplante de órgãos,
via placentária, leite materno, consumo de cana e açaí de forma inadequada ao
natural ou não pasteurizado e relação sexual.
Os sintomas
da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção.
Nos primeiros anos, na fase aguda, de curta duração, os sintomas são geralmente
lentos, pouco mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença
progride, durante até cinquenta anos, os sintomas
tornam-se crônicos e graves, tais como insuficiência cardíaca e desordens do
sistema digestivo, sendo a Cardiopatia chagásica crônica (CCC) uma
das principais complicações.
Dentre os
sintomas possíveis na fase aguda estão: febre, mal-estar, inflamação
e dor nos gânglios linfáticos, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do
fígado e do baço, problemas cardíacos e diarréia, porém, frequentemente esta
fase é pouco sintomática, geralmente passando despercebida, motivo pelo qual é
tão difícil a prevenção adequada.
O diagnóstico
pode ser através: Usando microscópio
para buscar o parasita no sangue do paciente, possível apenas na fase aguda (2
semanas da picada); Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado
por barbeiros não contaminados e, 4 semanas depois, seu intestino é examinado
em busca de parasitas; ou pela inoculação de sangue do doente em animais de
laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda; Detecção do DNA
do parasita por PCR (reação em cadeia da polimerase);
Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no
sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e a cura é
difícil. Os testes sorológicos; entre outros mais complexos como o teste
molecular.
Ainda não há
vacinação preventiva. A prevenção está centrada no combate ao vetor, o
barbeiro, melhorando as condições de moradia e higiene, pois estes vivem em
frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca
de troncos e sob pedras.
O tratamento é indicado
de acordo com a fase e os comprometimentos.
Mantenha seu
acompanhamento cardiológico e outros em dia.
Núcleo
Terapêutico de Reabilitação Integral
TeL: (21)
3547-6908 / 99695-9741 www.carmelitasoares.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário