Coluna SATI SAÚDE - Dra. Carmelita Soares
Doença
Celíaca
É distúrbio
autoimune que causa intolerância permanente, ao glúten. O glúten é uma proteína
que está presente nos seguintes alimentos: trigo, aveia, centeio, cevada e
malte. Estes pacientes reagem ao glúten em diferentes graus, que vai de 0 à 4.
No Brasil, são
400 por dez mil habitantes.
A doença celíaca ocorre em pessoas com tendência
genética. Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3
anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nas pessoas adultas.
Nos Celíacos, o glúten desencadeia uma reação
autoimune que ataca o próprio intestino, incapaz de absorver a substância, por
isso um terceiro elemento-chave está na gênese das doenças autoimunes: a perda
da função de barreira do intestino, que acaba permitindo a entrada de
substâncias nocivas ao organismo, explica Alessio Fasano coordenador do centro
de pesquisa para celíacos da Universidade de Maryland.
Os mecanismos imunológicos são aprimorados a cada
dia. antes não se ligava a doença da pele à do intestino, mas hoje já há
indícios de que a doença celíaca pode estar associada a psoríase, eritema
escamoso e artrite reativa.
Quais são os
sinais mais comuns da doença?
Podem variar
de pessoa a pessoa, porém os mais comuns são:
Diarréia crônica (que dura mais do que 30
dias)
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Prisão de ventre;
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Anemia;
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Falta de apetite;
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Vômitos;
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Emagrecimento;
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Atraso no crescimento;
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Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;
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Distensão abdominal (barriga inchada);
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Dor abdominal;
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Perda de peso ou pouco ganho de peso;
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Osteoporose.
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Como a doença celíaca é diagnosticada?
Os exames de sangue são muito utilizados na
detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase
tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE) são altamente precisos e
confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico. A doença celíaca deve ser
confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino
delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é
colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia (Um
instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela
garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas
amostras de tecido).
Qual é o
tratamento?
O único
tratamento é uma alimentação sem glúten por toda a vida. A pessoa que tem a
doença celíaca nunca poderá consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio,
cevada e malte ou os seus derivados (farinha de trigo, pão, farinha de rosca,
macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros). A doença celíaca pode levar à
morte se não for tratada.
Quais são os alimentos
permitidos para quem tem a doença celíaca?
• Cereais: arroz, milho.
• Farinhas: mandioca,
arroz, milho, fubá, féculas.
• Gorduras: óleos,
margarinas.
• Frutas: todas, ao
natural e sucos.
• Laticínios: leite,
manteiga, queijos e derivados.
• Hortaliças e
leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grão de bico,
ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros).
• Carnes e ovos: aves,
suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar.
Outras
variantes que necessitam da dieta sem glúten.
Dermatite
herpetiforme, é uma variante da doença celíaca, onde a pessoa apresenta
pequenas feridas ou bolhas na pele que coçam (são sempre simetricas, aparecendo
principalmente nos ombros, nádegas, cotovelos e joelhos). Também exige uma
alimentação sem glúten por toda a vida.
Alergia ao
trigo, é uma reação imunológica às proteínas do trigo. Afeta a pele, os
sistemas gastrointestinal e respiratório, podendo levar à asma e rinite.
Sensibilidade
ao glúten, é uma reação adversa após a ingestão da proteína. Apesar dos
sintomas parecidos com a doença celíaca, o quadro clínico é menos severo e não
resulta na inflamação intestina. Não há teste de sangue para identificar. O
ideal é conversar com o médico.
Cuidados
especiais:
Atenção ao
rótulo de produtos industrializados em geral. A lei federal nº 10674 , de 2003,
determina que todas as empresas que produzem alimentos precisam INFORMAR
obrigatoriamente em seus rótulos se aquele produto “CONTÉM GLÚTEN” ou "NÃO
CONTÉM GLÚTEN" .
Atenção:
• Qualquer quantidade de
glúten, por mínima que seja, é prejudicial para o celíaco;
• Leia com atenção todos
os rótulos ou embalagens de produtos industrializados e, em caso de dúvida,
consulte o fabricante;
• Não use óleos onde
foram fritos empanados com farinha de trigo ou farinha de rosca (feita de pão
torrado);
• Não engrosse pudins,
cremes ou molhos com farinha de trigo;
* Tenha cuidado com
temperos e amaciantes de carnes industrializados, pois muitos contém glúten;
• Não utilize as farinhas
proibidas para polvilhar assadeiras ou formas.
Importante:
• Na escola, nunca separe
a criança celíaca dos demais colegas na hora das refeições;
• O celíaco pode e deve
fazer os mesmos exercícios que seus colegas;
• Existem celíacos que
são diabéticos. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten e nem açúcar;
• Existem celíacos que
têm intolerância à lactose. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten,
nem leite de vaca e seus derivados.
É
importante, entretanto, não ver apenas o lado negativo do glúten, fazendo com
que qualquer pessoa, não celíaco, o abandone da dieta. Os cereais são fontes
importantes de fibras e outros nutrientes. O glúten é bastante saudável, ajuda
no trânsito intestinal e melhora a digestão.
Fonte: (http://www.riosemgluten.com/doenca_celiaca.htm) - Eveline Cunha Moura (Assessora em Nutrição da Coordenação Nacional da
Pastoral da Criança), adaptado por Dra. Carmelita Soares
Veja
matéria completa no http://sati-sociedadeamigosterceiraidade.blogspot.com.br/
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