sábado, 13 de junho de 2015

CASTANHA DO PARÁ e o SELÊNIO



Castanha do Pará e o Selênio
Parte – 1 (Abril/2015)

A Bertholletia excelsa é uma árvore que pode atingir até 50 m de altura e de 100 cm a 180 centímetros de diâmetro pertence à família Lecythidaceaee ao gênero Bertholletia. Segundo dados do IBGE, a castanha oleaginosa é localizada em grande parte da floresta amazônica e atualmente é um dos produtos mais importantes da região Norte e do setor comercial e industrial brasileiro. Desde o declínio da exploração de borracha, a exploração da castanha-do-pará tornou-se a principal atividade econômica da região amazônica e vem sustentando milhares de famílias que vivem do modelo extrativista. As castanheiras ocupam uma superfície de aproximadamente 325 milhões de hectares na Amazônia, com grande parte distribuída entre o Brasil (300 milhões), a Bolívia (10 milhões) e o Peru (2,5 milhões).O Brasil é um dos maiores produtores da castanha, com uma safra em média de 35 mil toneladas. Porém é na Bolívia que predomina no mercado da castanha, não somente pela grande quantidade exportada, mas também em tecnologia, qualidade sanitária e principalmente valor agregado, sendo assim, domina 71% do mercado de castanha processada enquanto que o Brasil é responsável por apenas 18% nesse setor.
As castanhas têm alto valor nutritivo e são consumidas naturalmente ou misturadas a outros alimentos, pois são fontes de lipídio, proteína, fibra, Selênio, Cálcio, Magnésio, Fósforo, Potássio, Zinco, vitamina B1, vitamina C e vitamina E. 

Parte – 2 (Maio-2015)

É um considerável recurso de constituintes antioxidantes, pois possui alto teor de vitamina E, além de carotenóides e fitosteróis totais, um composto de estrutura similar ao colesterol que possui o efeito de potencializar o sistema imunológico.
A castanha-do-pará é consumida na forma natural, triturada (para obter o leite da castanha), torrada e na preparação de bolos e doces, e o óleo extraído da castanha é usado como lubrificante em relógios, na fabricação de tintas e na indústria de cosméticos é empregado na fabricação de produtos de beleza como cremes, sabonetes e xampus. Além disso, o tronco da árvore pode ser empregado na construção civil e naval, como assoalhos, paredes, forros e entre outras utilidades.
O grande valor econômico da castanha é devido ao seu alto teor lipídico onde seus principais ácidos graxos são o palmítico, o oléico e o linoléico, e ao alto teor protéico constituído pelos aminoácidos ricos em enxofre como a metionina e a cisteína, tornando-se um fruto de grande valor energético e nutricional empregado na alimentação humana ou transformadas em diversos subprodutos.
Apesar de a castanha possuir quantidades significativas de minerais como Magnésio, Potássio, Cálcio e Ferro, há também em sua composição uma quantidade considerável de Selênio. 

Parte 3 – (Junho/2015)

Muitas pesquisas têm enfatizado o Selênio como um dos elementos principais para a saúde humana baseando-se no seu mecanismo antioxidante no organismo. Apenas uma única castanha pode fornecer até 120µg de Selênio, dependendo de seu peso médio, este valor ultrapassa as necessidades diárias recomendadas para um adulto, que ficam em torno de 55 µg por dia.. 
O Selênio é conhecido principalmente por seu efeito antioxidante e anti-inflamatório e pelas suas propriedades quimiopreventivas e antivirais. Além disso, o Selênio é essencial para as funções orgânicas como crescimento, reprodução e manutenção da integridade dos tecidos .
Vários estudos têm mostrado a relação direta entre os baixos níveis de Selênio associado ao risco do desenvolvimento do câncer do cólon, de próstata e do pulmão. Os níveis deste mineral vão diminuindo ao longo da idade, logo o consumo de alimentos ricos em Selênio pode reduzir o risco para estes tipos de câncer.
Portanto, a ampla evidência científica em culturas de células e estudos epidemiológicos apontam que os antioxidantes podem prevenir o desenvolvimento de câncer, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, doenças neurodegenerativas, hepáticas e redução da carga viral de pacientes infectados com HIV (Final).



Prof.º Robson Roney Bernardo / Diretor Tesoureiro do CRF-RJ
Instituto de Biofísica - Depto de Nanotecnologia - UFRJ
Referência
Ana Cristina dos Anjos Araújo. Defesa de Monografia Título “ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO TOTAL DE SELÊNIO EM SEIS ESPÉCIES DE FRUTAS CULTIVADAS NA REGIÃO AMAZÔNICA” Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ- Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – Polo Xerém Bacharelado em Ciências Biológicas Modalidade Biofísica. Fevereiro de 2015.

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