segunda-feira, 8 de junho de 2015

EDITORIAL - MAIO 2015

Ao ensejo do projeto de lei que trata da questão da maioridade
penal, ora em tramitação no congresso, faremos uma reflexão
sobre este polêmico assunto. Que existem defensores
apaixonados, tanto pró, como contra esta redução, todos nós
já sabemos. Então diríamos que os tempos mudaram e com ele
a maneira de viver e os costumes da nossa população. Antes a
família era a célula básica para a educação dos filhos. Não
havia a disseminação da televisão, muito menos a internet e
outros meios instantâneos de comunicação. Hoje todos estão
plugados e cientes de tudo que ocorre em nosso agora
pequeno mundo. Assim, a educação das crianças, que era de

responsabilidade das famílias, pai e mãe, agora esta diluída
com outros agentes. A escola que agregava conhecimentos e
valores e ajudava na formação moral e cívica dos alunos, tem
grandes dificuldades para cumprir sua missão. A falta de
apoio e desinteresse dos pais e responsáveis e o estilo de vida
das famílias, onde todos trabalham, e não sobra tempo para
acompanhar os filhos. Vai daí, ficam a mercê de influencias
dos colegas e do que ouvem e aprendem na mídia, cheia de
exemplos não recomendadas para uma boa formação. Não
admira, portanto, termos bandos de jovens fora das escolas,
soltos pelas ruas, na prática de delitos. Lógico, todos já têm
consciência do que é certo ou errado, mas protegidos por um
estatuto anacrônico, vivem aterrorizando a população que
precisa de segurança. Que nosso congresso aprove logo o
enquadramento dos delinquentes juvenis, hoje fora do
alcance da lei. Que possam sejam julgados e que paguem
pelos erros cometidos. Se necessário criar a barreira da idade,
que seja 16 anos, quando já têm o direito de votar e de dirigir e,
como contrapartida, como qualquer cidadão, sejam
responsabilizados por seus atos. Até a próxima!

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